Ressurgindo!

E depois de tanto tempo sem postar, eu consegui um tempinho para organizar as coisas por aqui. Eu ando em falta com todas as minhas queridas amigas que fiz por aqui, ando em falta com o blog... Sinto muita falta de ler e acompanhar um pouquinho de cada uma de vocês...

Mas eu sumi porque com a alergia da Alice, eu senti que precisa me focar nela, nessa dieta... Precisava me dedicar totalmente a ela. E confesso que esse tempinho ausente, longe desse mundo virtual me fez bem. Consegui finalmente me organizar melhor, a organizar minha casa,  consegui encaixar essa dieta que me deixa louca na nossa rotina e o melhor: consegui me dedicar muito mais a ela, que nesse tempo já completou seus 5 meses!

Nem preciso falar que Alice está uma gostosura não é? Ela está muito esperta, já está quase engatinhando! Cresceu muito depressa, nem parece aquela bebezinha de colo que eu trouxe do hospital. Sem contar que AMA comer os pés. Agora que os descobriu, não faz outra coisa a não ser colocá-los na boca o tempo todo! E a alergia dela melhorou bem. Nunca mais apresentou sangue nas fezes, está bem menos irritada, anda dormindo melhor durante o dia e a dermatite que era bem feia quase não se vê! Ponto pra mamãe que aboliu qualquer coisa que tem leite da dieta! Ai, no começo era bem complicado, confesso. Foi difícil não comer o que estava acostumada, a ler rótulos de tudo que fosse consumir... Mas agora, já me acostumei, já me adaptei, estou bem tranquila. Não sinto falta de comer quase nada. Aprendi a comer coisas novas, minha alimentação melhorou 100%... O que a gente não faz por um filho não é?!

Junto com esse monte de boas notícias, venho dividir uma não tão agradável. Eu e o pai da Alice não estamos mais juntos. Pensei muito em falar sobre isso aqui, não sabia como falar sobre isso sem me expor demais, mesmo porque esse é um assunto chato, que ainda mexe bastante comigo, não tem jeito. Mas não achei justo compartilhar tanta coisa e não mostrar isso, mostrar esse outro lado, mostrar que nem tudo é perfeito e também pode ser que alguém esteja passando por um momento assim e veja que não é só com ela.

Nós nos amamos bastante, durante todo esse tempo em que ficamos juntos. Ainda nos amamos, mas hoje, não mais como namorados. Lógico que não foi e nem está sendo fácil, mas eu tenho um respeito enorme por ele, mesmo porque ele me deu o melhor presente que eu ganhei até hoje, mesmo sem ter sido esperado. Vou ser eternamente grata por ele ter me dado a oportunidade de sentir esse amor tão louco. Mas infelizmente não deu certo. Mas sempre estaremos juntos na criação da nossa princesa!

E é isso... Vou retomando meu blog, vou voltando aos poucos, pouco a pouco vou visitando cada blog que sempre acompanhei e também começo a escrever sobre essa minha nova fase. Fico feliz em voltar!

***

Claro que não poderia deixar de falar sobre o Opiniblog. O resultado do mês de Novembro saiu e eu fiquei surpresa. Não achava que iria "tão bem" assim. Fiquei muito feliz. Claro que pretendo melhorar sempre, mas fiquei bem contente com o resultado, que segue abaixo (lembrem que a nota máxima era 5):

Total de votos: 19

Médias em:
Conteúdo: 4,4
Escrita/Gramática: 4,5
Serviços oferecidos: 3,6
 Aparência/Estética: 4,3
Navegabilidade: 4,6

Obrigada!

Blogagem Coletiva: Paz na Blogosfera Materna


A Genis, do Mamãe de Primeira Viagem propôs uma blogagem coletiva e eu não poderia deixar de participar. O tema convocado por ela foi a "Paz na Blogosfera Materna".

Quando resolvi criar o blog, o motivo era simples: registrar as minhas experiências como mãe e também era uma forma de deixar registrado o crescimento e desenvolvimento da Alice. Eu não fazia ideia da proporção do universo materno existente aqui na internet. Mas aqui eu conheci muitas mamães, aprendi muitas coisas, ensinei outras tantas, trocamos muitas experiências, muitas vivencias... E eu não tenho palavras para descrever o quanto isso é bom, o quanto isso é maravilhoso.

Só que eu e todas as outras mães que participam da blogosfera materna tenho visto muitos comentários desnecessários, muitas indiretas, muitas brigas. Tudo isso devido as diversas opiniões. E isso deveria ser uma coisa boa, toda essa diversidade devia nos mostrar pontos de vista diferentes, realidades diferentes, nos ensinar um outro jeito de enxergar a vida.

Mas não. Está na moda jogar verdades na cara, falar o que pensa sem ser questionado... E o pior é que ninguém se dá ao trabalho de se colocar no lugar do outro. Hoje, a necessidade de dizer está acima do bom senso.  Tem gente que só consegue pensar em si mesmo e esquece do outro. Respeito, gentileza, sutileza, saíram de moda. Simples assim. Viraram coisa do passado. Retrô.

E desculpe, mas isso é uma falta de noção sem tamanho. Geralmente as polêmicas são sempre sobre as memas coisas: amamentação, parto, colo, cama compartilhada... Eu não sei porque as pessoas não entendem que existem realidades diferentes, situações diferentes, crenças diferentes e opiniões diferentes. A gente não precisa concordar com todas, não precisa concordar com nenhuma se não quisermos, o que a gente precisa é ter respeito. Porque respeito é a base de qualquer relacionamento, seja entre um casal, seja entre amigos, ou entre duas pessoas que não se aturam (por que não?).

A gente pode sim falar e mostrar nossas próprias opiniões. Mas a gente tem que pensar duas vezes, tomar cuidado, principalmente quando nos expressar significa prejudicar ou magoar o outro. A gente tem que aprender a hora certa de NÃO dizer, a hora de calar. Porque tem horas, que isso é o mais sensato a se fazer. E vamos combinar, é exatamente isso que muitas vezes temos que fazer. Porque  vem cá, o que muda na minha vida se a fulana não amamenta, ou se ciclana enche o filho de porcarias, ou se beltrana quer fazer uma cesárea agendada... O que isso realmente afeta na minha vida?

Virou moda dizer tudo que se passa pela cabeça. Virou moda ser sincero a qualquer custo. A gente tem que aprender a usar o silêncio na hora certa. E repito: não é frescura, é educação. A gente pode - e deve - falar sobre nossas opiniões, nossos pontos de vista. Só que temos que aprender a falar de uma outra forma, com jeito, com cuidado. Uma palavra pode mudar tudo - para melhor ou para pior. A gente tem que aprender a usar nosso filtro. O que a gente precisa é de respeito, de gentileza. E de menos - muito menos - "sinceridade".

Agradecimento !

Antes de mais nada queria agradecer imensamente o carinho de vocês. No último post recebi um monte de comentário com dicas, com sites, com apoio. E fico muito feliz por ter gente do bem, gente capaz de te oferecer um ombro amigo, uma palavra amiga, um gesto amigo...

Porque essa dieta não é fácil. É chata, é complicada, é restritiva demais. Para alguém como eu, que ama comer, é mais difícil ainda. Claro que ainda estou me adaptando e vai ser mais fácil a cada dia que passa, mas a energia positiva e a ajuda que todas vocês deram me ajudaram muito, me incentivaram muito e me fizeram crer que eu sou capaz. Obrigada mesmo, de coração!

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Mudando de assunto, ganhei meu primeiro selinho. Nunca esperei ganhar nenhum, mas fui surpreendida pela querida Dayane do Mãe Aquarela que me presenteou com este selinho muito fofo.



Como ganhei, tenho que responder um mini-questionário:

Minha cor favorita: Eu gosto muito de coisas coloridas, mas a favorita é roxo.
Número favorito: 9. Não sei qual o motivo, mas tinha que ser ímpar.
Bebida favorita: Água. Bebo muita água. E no caso de bebida alcoólica: cerveja.
Dia favorito: Sábado.
Flor favorita: Flor de Lótus. Além de linda, tem um significado mais lindo ainda.

E agora a lista de 10 mamães que eu vou presentear com esse selinho:



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Só pra lembrar que a avaliação no Opiniblog que eu contei aqui, continua rolando. E peço para quem puder, comparecer dar a sua opinião para que eu possa melhorar esse cantinho, no qual eu escrevo com tanto carinho, cada vez mais. Basta acessar por aqui e dar a sua contribuição!!

APLV?

Começou com aquelas casquinhas que todos os bebês tem. Todo mundo me dizia pra eu deixar amolecer com óleo e retirar no banho. Mas nada resolvia. Sempre aparecia mais e foi começando a espalhar pela testinha dela, pelas bochechas... Alice foi diagnosticada com dermatite atópica e segundo a pediatra era, provavelmente, ligada ao leite de vaca. Pediu apenas que eu observasse se quando eu ingerisse leite ou derivados, pioraria.

Não tenho o hábito de tomar leite e nem de comer queijo, então nunca tinha prestado atenção nos outros derivados. Mas semana passada acabei tomando um copo de leite e percebi que Alice ficou com diarréia. Mas foi só isso. Nenhum incômodo, nada. A não ser a dermatite que piorou um pouquinho e nem com o remédio prescrito melhorava. Fiquei observando, mas nenhuma reação maior. Até sábado, quando durante a troca de fraldas eu percebi uns pinguinhos vermelhos no cocô. Coloquei a mão e percebi que era sangue. Bem pouquinho, mas era.

Liguei para a pediatra dela que nos atendeu no sábado mesmo. Segundo ela, mesmo sem outros sintomas, Alice provavelmente tem Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). E o que é isso? É uma reação alérgica a proteína do leite de vaca, aonde o organismo não reconhece uma ou mais proteínas do leite de vaca (caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina) e reage a elas. E é mais comum do que eu pensava, atinge cerca de 1 em cada 20 crianças.

Vamos fazer alguns testes, mas os exames não querem dizer muita coisa. Porque eles verificariam apenas a sensibilidade dela ao leite e não dignosticariam a alergia. O que eu tenho que fazer para termos esse diagnóstico é uma dieta de exclusão, aonde eu tenho que observar as reações da Alice após deixar de consumir com posterior reintrodução destes mesmos alimentos.

A dieta da exclusão é muito mais do que simplesmente não tomar leite e seus derivados. Eu não posso ingerir nada que contenha qualquer simples traço de leite porque não temos como mensurar a quantidade específica de traços e nem saber o quanto realmente a criança toleraria. Então leite, queijo, bolacha com leite, achocolatado, bolos, pães, sorvete e manteiga, são exemplos de alimentos que eu não posso consumir. Também tenho que ficar de olho nos rótulos dos alimentos industrializados, prestar bem atenção e estudar sobre isso. Mas por exemplo, Coca Cola eu não posso tomar. Não tem leite, mas tem corante de caramelo que pode conter leite.

E se não bastasse isso, ainda tenho que ter muito cuidado porque pode existir a contaminação cruzada. Que é a contaminação de um alimento por outro por contato ou durante o preparo. Por exemplo: Se ao elaborar uma torta sem leite você usar uma faca que cortou um queijo antes, mesmo que não tenha leite e derivados nos ingredientes da torta, poderá conter traços que estavam na faca devido à contaminação cruzada.

Então agora é prestar muita atenção, ter muito cuidado e bora fazer a dieta. É difícil sim, complicada, vou ter que abrir mão de muita coisa que eu como, vou ter que aprender a me alimentar de forma diferente. Mas se é preciso, eu tenho que fazer. Mesmo porque uma lata do leite com fórmula hidrolisada sairia em média 400,00 e também porque segundo a pediatra o leite materno ainda é o melhor remédio para o tratamento da alergia.

Então vai ser assim. Eu vou fazer essa dieta por 4 semanas e se ela melhorar a gente faz o teste de provação oral (TPO). Vou reintroduzindo aos poucos, e com supervisão médica, alguns alimentos e monitorando as reações. Se a criança não apresentar reação alérgica, há duas possibilidades:

- os sintomas não eram ocasionados por alergia alimentar, e sim por alguma outra doença;
- a criança apresentava alergia alimentar, porém desenvolveu tolerância (cura) durante as semanas de dieta de exclusão.

Se por outro lado o TPO desencadear alguma reação alérgica, o diagnóstico da alergia alimentar está confirmado.

Agora é ter paciência, aprender um pouco mais sobre isso, ter cuidado e me jogar na dieta! Afinal, ser mãe também é isso!

Opiniblog



Quando eu comecei o blog, não tinha intenção em participar dessa blogosfera materna. Meu único intuito era deixar registrado o desenvolvimento da Alice, compartilhar com os familiares as nossas conquistas e principalmente para registrar cada detalhe para que ela pudesse ler daqui alguns anos e entendesse cada escolha feita. Mas depois que a gente começa a conhecer, a gente se apaixona perdidamente por esse mundo voltado para as mamães. A gente começa acompanhar cada mãe, cada filho e a gente começa a conhecer, nem que seja um pouquinho, a pessoa por trás daquele blog. Então a gente se emociona, a gente torce, a gente vibra.

Não tenho a intenção de ser blogueira profissional, de ganhar dinheiro com o blog. Não sirvo para isso. Venho aqui quando tenho tempo, venho porque gosto, venho por mim. Mas esse mês, eu estou sendo avaliado pelo Clube das Mães e Pais Blogueiros, que é uma rede social voltada para mães e pais que estão presentes na Internet. E eu, com o Mamãe no País das Maravilhas estou participando de uma avaliação que é feita mensalmente e que leva em conta:

  • conteúdo: assunto de que o blog trata, se o autor traz temas interessantes e relevantes;
  • escrita/gramática: se a gramática costuma ser correta, se a escrita está bonita e elaborada e se possui erros de grafia ou não;
  • serviços oferecidos: vantagens que o blog oferece aos leitores, ajuda, sorteios...;
  • aparência: se o blog tem um desing bom, se combina com o tema, enfim se é bonito;
  • navegabilidade: se é fácil de se navegar nesse blog, encontrar as informações procuradas.

Então, gostaria de pedir a vocês que votassem e dessem a opinião de vocês sobre o Mamãe no País das Maravilhas aqui. Assim eu posso saber o que vocês pensam, o que estou levando até vocês e também posso ver o que estou deixando a desejar e melhorar cada dia mais. Afinal a intenção aqui é essa não é? Compartilhar conhecimentos, compartilhar vivências, ajudar e ser ajudada... E para isso, nada melhor do que a opinião de quem lê, de quem participa, de quem está sempre presente. Além do meu, outros blogs também estão participando. Para conhecê-los, basta clicar aqui que você poderá ver todos eles. E opinar também!

Sobre o Nascimento - Final

E foi assim que eu conheci a minha filha. O restante da cirurgia ocorreu normalmente, sem maiores emoções. Tenho que admitir que tive sorte, mesmo fazendo uma cesárea. Alice mamou ainda na primeira hora de vida, nasceu perfeitamente saudável, ficou o tempo inteiro comigo no quarto e todos os cuidados com ela eram meus. Não tive nenhuma reação a anestesia e a recuperação da cesárea, apesar de dolorida, foi tranquila.

O que não foi tranquilo para mim, foi aceitar que eu fiz essa cesárea, sem querer, sem precisar. Pode parecer bobagem para algumas pessoas, mas me incomoda demais falar sobre isso, me incomoda demais não ter seguido meus instintos, me incomoda muito viver em um país aonde as suas vontades não são respeitadas. Não tenho a intenção de achar nenhum culpado para isso, visto que eu tomei a decisão de aceitar a cesárea e pronto, mas diante de um médico cesarista, diante de uma família que achava melhor uma cesárea, acho que fui até onde pude. E onde consegui.

Claro que isso não influencia em nada no que sinto pela minha filha e no que vamos passar juntas, mas eu sinto que eu poderia ter dado a ela uma chance mais digna de nascimento, sinto que eu poderia ter dado a mim, uma chance de renascimento, de descoberta. E sinceramente, ainda falta em mim essa experiência, eu sinto essa falta. E não sei se um dia eu vou conseguir supri-la. E isso me dói.

***

Não tive a intenção nenhuma de vir aqui falar sobre os benefícios ou não de uma cesárea. Estou apenas relatando os fatos como ocorreram diante do meu ponto de vista e desabafar sobre algo que até então eu não consegui digerir. A minha gestação foi saudável e não havia nenhum problema que indicasse uma cesárea. Somado a isso eu queria muito ter entrado em trabalho de parto, queria muito ter pelo menos tentado, ter a minha filha de forma natural.

Respeito sim quem não se importa de ter tido uma cesárea ou mesmo quem desejou passar por essa cirurgia. Mas não foi o meu caso. Não era o que eu queria, não era o que eu buscava e é isso que me incomoda. Não ter sido respeitada, nem no momento mais importante da minha vida.

Sobre o Nascimento - Parte III

Depois de toda aquela burocracia de assinar os papéis, pedir autorização do plano de saúde e ser instalada no quarto, me entregaram aquela roupinha ridícula de cirurgia. Aquela mesma, com as costas aberta. Terminando de me vestir, a enfermeira apareceu com uma cadeira de rodas para me buscar. Fui levada para sala de pré parto.

Uma enfermeira, bem grossa por sinal, veio até mim e começou com um interrogatório. Eram uma série de perguntas das quais não me lembro. Estava com medo demais para prestar atenção nisso. E preocupada porque minha mãe ainda não estava ali, do meu lado. Colocada a sonda sensação horrível me levaram direto para o centro cirúrgico.

Enquanto meu médico não chegava, tive chance de conhecer o anestesista. E ainda bem. Acho que percebendo a minha tensão, ele começou a conversar comigo, a me acalmar. Lembro que começou falando sobre as minhas tatuagens e perguntando porque eu estava nervosa, do que tinha medo. Começou a me explicar sobre a anestesia, o que eu sentiria. Mas de uma forma muito calma, o que fez com que eu fosse me tranquilizando. Agradeço muito por ter encontrado com ele, ali, naquela situação. Nessas horas a gente vê o quanto alguém que te ouve, que te dê atenção nos ajuda. Durante a cirurgia toda, ele ficou do meu lado, mexia no meu cabelo por baixo da touca. Tive sorte.

Assim que tomei a anestesia, minha mãe entrou e sentou ao meu lado. A cirurgia não teve nada demais. Tudo ocorreu dentro do esperado, não senti absolutamente nada a não ser um desconforto e muita pressão. Meus braços abertos, como em um crucifixo, me impediam de ter qualquer movimentação. E a visão que eu tinha era a de um pano azul. Durante toda a cirurgia eu fiquei acordada, não senti sono, fiquei conversando com a minha mãe, esperando pelo nascimento da minha filha.

Não vi o nascimento da minha filha. E nem o senti. Só ouvi. Enquanto estava vendo aquele pano azul, ouvi minha mãe fazendo "own" e imaginei que ali nascia a minha Alice. Ela não chorou, apenas resmungou. O médico me disse que ela tinha um bocão e que era muito saudável. A enfermeira trouxe ela ao meu lado e eu não pude tocá-la, não pude beijá-la. Só consegui dar uma olhadinha rápida e me apresentar:

- Oi bebê, eu sou a sua mãe.

Sobre o Nascimento - Parte II

E foi dessa forma, que no dia 12/07/2011 eu saí da maternidade. Com o nascimento da minha filha agendado para o dia seguinte.
E foi assim, que no dia 12/07/2011 eu saí do hospital. Com o nascimento da minha filha agendado para o dia seguinte. E eu que estava sozinha, dirigindo para minha casa na verdade estava sem direção.

Quando cheguei em casa, comecei a me tranquilizar. Comecei a relembrar tudo o que o médico dizia e quais os motivos alegados para me fazer uma cesárea "de emergência". Conforme ia lembrando de cada palavra, comecei a discordar. Conversava com outras pessoas, procurava informações, recorri a um amigo obstetra, que estava fora do país... E eu estava certa: nenhum dos motivos alegados parecia ser uma real indicação de cesárea.

Mas, e se? E se o médico realmente tivesse razão, e se tudo aquilo realmente indicasse uma cesárea? E se eu estivesse errada? E se eu insistisse e acontecesse alguma coisa com a minha filha? Ao mesmo tempo que essas dúvidas martelavam na minha cabeça, eu sabia, lá no fundo, que eu estava certa. Eu busquei durante 09 meses me informar e me preparar para um parto normal. Eu queria bater de frente, jogar tudo pro alto e esperar... Mas diante de um médico bem filho da puta que deixa bem claro que não se responsabiliza por qualquer eventual problema, você arriscaria? Pois eu não arrisquei.

Fui deitar e dormir acreditando que quem sabe eu pudesse entrar em trabalho de parto antes da manhã seguinte. Mas como era de se esperar, nada aconteceu. Acordei, bem antes do despertador tocar e comecei a entrar em desespero. Começou a cair a ficha realmente e o choro foi incontrolável. Não queria aquela cesárea, não tinha sonhado com isso, não tinha planejado isso, eu sequer tinha entrado em trabalho de parto. Queria desistir, queria esperar, queria abandonar os médicos do convênio, queria ter a minha filha pelo SUS.

Mas diante do diagnóstico médico, diante de uma família inteira que fez cesárea, diante da ansiedade do nascimento da minha filha, ninguém me apoiou. Nem meu namorado, nem meu pai e nem a minha mãe. Retiro o que disse, na verdade, apoiaram sim, da forma que puderam. Apoiaram dizendo que o que importava era o bebê e não a forma como ele viria ao mundo, que parto normal ou cesárea não modificariam a nossa ligação. O que realmente é verdade. Mas eu poderia dar um nascimento mais digno para minha filha. E tudo o que eu precisava era que alguém dissesse para eu esperar... Mas não aconteceu.

Cheguei no hospital um pouco menos nervosa. Mas não tranquila. Os papéis da internação ainda não estavam prontos, o meu médico estava em outra cesárea e eu tinha que esperar. E eu esperei. Ali na sala de espera da maternidade, com tantas outras grávidas esperando atendimento. Acredito que o medo e o nervosismo estavam estampados na minha cara, porque todas as pessoas que estavam ali me questionavam se eu estava me internando para o nascimento da minha filha. Diante da resposta afirmativa, algumas grávidas invejavam essa hora tão esperada... E eu ali, querendo esperar mais.

Ali, naquele hospital, enquanto eu esperava, tentava de alguma forma explicar para minha filha que o grande dia havia chegado. Queria de alguma forma, minimizar o susto que ela iria tomar. Imaginava que ela estava quietinha, sem nem imaginar o que viria acontecer. Sentia que era minha obrigação tentar alertá-la. Mesmo que ela não entendesse. Então em cada minuto de espera eu pensava, pedia para ela entender que eu não tinha tido coragem de discutir com o médico, mas que queria o melhor pra ela. Não era justo com ela ser retirada de surpresa. Eu sabia, lá no fundo, que ainda não era a hora.

Depois de uma hora de espera, me chamaram para descer e assinar a documentação. Foi o que fiz. E ali, na recepção da maternidade eu tomei a minha posição. A de aceitar a cesáre. Tenho real consciência de que foi uma opção minha. Poderia sim, ter desistido, poderia sim ter ido embora. Mas não o fiz. Não me arrependo, diante de tais circunstâncias aceitei que fiz o melhor que poderia ter feito, porém não deixo de pensar que tudo poderia ter sido diferente, que poderia pelo menos ter esperado entrar em trabalho de parto. Poderia.

Sobre o Nascimento - Parte I

Nunca falei sobre o nascimento da Alice. Nem neste blog e nem no antigo. Nunca falei porque na verdade é uma situação que apesar de feliz, ficou muito mal digerida por mim. Eu não pari, não no sentido fisiológico da coisa. Alice veio ao mundo através de uma cirurgia, de uma cesárea, que aliás foi desnecessária. Só hoje, mais de 3 meses depois, eu tive coragem e vontade de falar sobre isso.

Abro aqui um parenteses. Antes de receber a notícia do positivo, eu nunca havia sequer cogitado a possibilidade de um dia me tornar mãe. Minha vida era no melhor estilo de sexo, drogas e rock'n roll que poderia existir e eu queria que ela continuasse assim. Portanto, sequer havia passado pela minha cabeça que um dia eu teria que optar por cesárea, parto normal, parto natural. Fecha parenteses.

Quando descobri que ia ser mãe, minha primeira preocupação foi qual seria o meu médico. Escolhi um médico de confiança. Aquele que fez o parto do nascimento da minha irmã, aquele que ainda acompanhava a minha mãe depois de tantos anos. Não era um médico muito simpático, era bem seco, no melhor estilo Dr. House de ser. Mas era tão bem recomendado, médico muito requisitado, tradicionalíssimo na cidade que eu não tinha dúvidas: seria aquele o médico que estaria ao meu lado durante esse momento tão importante. Burra.

Só que, durante a gravidez, eu mergulhei de vez nesse mundo da maternidade. Passava horas procurando informações, lendo, aprendendo. Questões como parto normal ou cesárea foram aparecendo naturalmente e naturalmente também eu fui fazendo as minhas escolhas. Nada me parecia mais normal do que um parto normal. Comecei a trabalhar os medos que ainda existiam em mim e quando vi, estava determinada a ter um parto normal, com o mínimo de intervenções possíveis.

O pré natal foi tranquilo. Sempre que questionado sobre o parto, se mostrava favorável a um parto normal. Afinal, nenhum risco, nenhum susto, nenhuma intercorrência. A não ser com 35 semanas de gestação, quando ele simplesmente me avisa que no mês de Julho (é, o mesmo mês em que minha filha estava prevista para nascer) ele iria tirar férias e viajar para os Estados Unidos, e que era melhor que eu procurasse um outro obstetra o quanto antes. Simples assim.

Saí do consultório abalada. Lembro que saí chorando e morrendo de medo. Me senti um nada, ele não se preocupou, não teve um mínimo de respeito, nem comigo e nem com a minha filha. Mas mesmo abalada, ainda tinha que resolver, com minha filha prestes a nascer, quem é que estaria ao meu lado. Resolvi marcar com um obstetra com quem eu tinha passado uma vez enquanto o meu viajava.

Médico extremamente educado e simpático. Muito diferente do anterior. Começamos a conversar, expliquei toda minha vontade de fazer um parto normal e que tinha me preparado a gravidez inteira para isso. Ele concordou comigo, disse que eu tinha 20 anos, saudável e que tinha tudo para ter um parto normal, que cesárea nem pensar. Ele me ganhou, me pareceu extremamente confiável. Seria esse então, o médico que estaria ao meu lado durante o nascimento da minha filha. Burra duas vezes.

Um dia antes de completar a 39ª semana, dia 12/07/2011 passei por mais uma consulta de rotina. O médico me pediu um ultrassom pois disse que há 3 semanas a minha autura uterina permanecia a mesma e que poderia haver um retardo de crescimento. Lembro que fui tranquila, não sei, mas tinha a certeza de que não havia nada errado. E não havia mesmo. Alice estava com tamanho normal, tinha crescido e pesava aproximadamente 3.650 kg. O médico do ultrassom me disse que estava tudo bem e que eu poderia levar os exames para o meu obstetra. 

- Eu sei que você quer ter um Parto Normal, mas este ultrassom está me deixando preocupado.
- Preocupado? Mas acabei de ver que está tudo bem, que ela cresceu normalmente.
- É, por enquanto ainda está tudo bem, mas por enquanto. Sua placenta está praticamente calcificada, além dela poder parar de passar nutrientes a qualquer momento a gente ainda corre o risco dela meconiar. 
- Ãhn?
- É, ela pode liberar e aspirar o mecônio a qualquer momento, entrando em sofrimento. Além disso ela está com 3.650 kg, e você é muito pequenininha, mesmo com anestesia vai ser um parto muito sofrido, você não vai aguentar.

Eu lembro de ficar quieta. Não conseguia pensar em mais nada. Ficamos em silêncio. Quando ele voltou a falar:

- Eu sei que você quer muito um parto normal, e eu também acho muito melhor. Porém há riscos e você tem que querer o melhor para a sua filha, certo?
- Sim, mas é necessário mesmo uma cesárea?
- Olha, eu até posso esperar se você quiser. Mas eu não esperaria. Se esperarmos você estará assumindo esse risco. 

Como assim, assumir o risco? Eu queria um parto normal, mas sem colocar em risco a saúde da minha filha. 

- Então tá, amanhã a gente te interna as 8:30 am. Até amanhã!

Filhos



"Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até  de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.

Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.

Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.

Santo anjo do Senhor…

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas ‘crias’, que mesmo sendo ‘emprestadas’ são a maior parte de nós !!!"

José Saramago (Há um comentário que nega a autoria deste texto, fica assim aqui o registro.)

Voltamos!


Voltamos de viagem. E tudo foi bem mais tranquilo do que eu pensava que seria. Sofro de antecipação. E a toa. Então pensando em tranquilizar algumas mamães, tomei a liberdade de escrever como foi. Claro que essa foi a nossa primeira e única viagem por enquanto, e isso não me torna uma especialista, mas acho que pode tirar algumas dúvidas e preocupações, né?

A viagem de carro: A minha maior preocupação, porém para minha surpresa foi tranquila. Mais tranquila do que eu poderia pensar. Como estava fazendo calorzão, meu medo era o Sol e o calor, mas na verdade o que aconteceu foi que choveu o caminho inteirinho. E era chuva forte, aliás. Minha mãe foi dirigindo e eu fui atrás, com a Alice. Estava receosa dela se irritar na cadeirinha e ficar chorando, querendo sair e nós termos que parar o tempo todo. Mas ela foi uma fofa, muito bem comportada. Mal saímos do portão de casa e ela já estava dormindo. E essa soneca durou a viagem toda. No caminho paramos para comer, descemos com ela do carro, e ela continuou dormindo. Retomamos o caminho para São Paulo e ela continuava dormindo. Chegamos, e ela só acordou no momento em que descíamos com ela do carro. A volta foi tão tranquila quanto a ida. No momento em que estávamos saindo ela dormiu e continuou assim o trajeto inteiro. Acordou quando chegamos em casa e tive que tirá-la do carro. Então a minha recomendação é de que se a viagem for de carro, aproveitar o horário das sonecas. Assim evitamos que eles fiquem irritados, entediados e queiram ficar saindo da cadeirinha toda hora.

A mala: Não queria levar muitas coisas e como fomos para ficar na casa da minha tia, pude economizar bagagem. Não precisei de berço e nem de banheira. Talves se fôssemos ficar em hotel, seria uma preocupação. E só de não levarmos isso, economizamos bastante espaço. Então além do carrinho (que foi desnecessário), levei apenas fraldas e roupas. O pijama, uma troca por dia e mais duas trocas "reservas". Como a previsão era de chuva, só levei roupinhas de frio. E acertei. Levar apenas o essencial.

Os passeios: Choveu todos (isso mesmo, t-o-d-o-s) os dias em que ficamos por lá. O que foi uma pena. Não deu para irmos em lugar nenhum, além da casa das minhas tias. Não pude ir no Ibirapuera nem levá-la para passear por lá. O máximo foi na Rua Augusta (que tanto amo) para comprarmos uma roupinha em uma loja que sou apaixonada. Só. São Paulo com chuva não é bom para bebês. Porque de carro fica impossível e de metrô é complicado. Dias de Sol, por favor!

Sobre a rotina: Tentei manter o máximo. Horário de banho e hora de dormir. Deu certo, permaneceu dormindo e acordando nos horários de sempre. Sem esforços. Ficou um pouco agitada porque era passada de colo em colo, dormia picado durante o dia. Então sempre no finalzinho da tarde começava a ficar enjoadinha e só colo de mãe resolvia. Mas assim que acordava de manhã estava de bom humor e saía distribuindo sorrisos e simpatia. Não puxou a mamãe, fato.

Foi bem tranquilo. Achei que ia ficar "corujona", ciumenta. Que ia me estressar e não ia curtir. Mas fui tão tranquila que nem eu mesma acreditava.  Gostei tanto desse passeio que irei repetir a dose. Daqui 15 dias é o aniversário da minha priminha, e pretendo voltar. Vai ser em uma fazendinha, ao ar livre, com bichos, brincadeiras, cerâmica... Espero que dessa vez a chuva vá embora e saia um Solzão. Para que eu possa levar a pequena conhecer a cidade que eu tanto amo e a aproveitar muito.

Os 3 meses e a Primeira Viagem

 Ontem, aproveitando o dia das crianças e comendo a mão - que é uma delícia!

Amanhã eu e Alice faremos nossa primeira viagem juntas. Não será uma viagem longa, cerca de 100 km entre Itu e São Paulo. Em torno de 1h e 30m estaremos na cidade grande, prontas para visitarmos a família e passearmos bastante. Apesar da viagem rápida, por ser a primeira vez que vou ficar fora com ela, estou um pouco receosa.

A Alice é tranquila demais, fácil demais, muito boazinha mesmo. Mas essa mudança de ares, a "quebra" de sua pequena rotina, a grande quantidade de pessoas, toda essa agitação me deixa com o pé atrás. Eu, com 21 anos, muitas vezes fico cansada e estressada durante minhas idas a São Paulo, então imagino que a pequena no auge dos seus 03 meses (completados hoje) também possa ficar. Então estou tentando me programar e o que fazer para não agitá-la demais, para que ela sinta o menos possível toda essa mudança.

Além disso uma preocupação grande é a mala dela. Como pode, uma coisinha tão pequenininha precisar de tanta coisa?! Estou tentando ser o mais prática possível, mas com bebês isso nem sempre rola. Quem mora em São Paulo sabe que a cidade é imprevisível Podemos sair de manhã com um calor insuportável e durante o dia passarmos o maior frio, então imaginar como estará o tempo fica complicado. Além disso é uma quantidade razoável de roupas e fraldas que temos que levar, mesmo para apenas um fim de semana. Sem contar nos trambolhos: bebê conforto, carrinho, banheira.

E um outro problema é que como a cidade é aqui do lado, vamos de carro e muito provavelmente logo depois do almoço. Então Alice terá que ficar na cadeirinha a viagem inteira e provavelmente estará Sol e calor. Se ela estiver dormindo, facilitará muito as coisas, mas se ela estiver acordada vou ter que distraí-la para que não fique brava e nem resmungando por não estar no colo. Então estou programando amamentá-la e assim que ela dormir, pegar a estrada. Para evitar ter que ficar parando para alimentá-la ou pegá-la no colo.

Apesar dessas preocupações, não acho que será um bicho de sete cabeças. Li algumas coisas, meio por cima, sobre viajar com bebês, e no geral as recomendações são de que devo esperar até o primeiro ano de vida dela. Mas indo na contra-mão vamos amanhã mesmo, com seus, recém completados, três meses. O que facilita um pouco a viagem é exatamente ela ser tão nova. Como ela mama exclusivamente no peito, quando sentir fome, é só dar de mamar e pronto. Rápido e prático.

Alice ainda não anda, não corre e não fica mexendo em nada. Então é bem simples sair com ela. Só levá-la no colo ou no sling. O carrinho eu vou deixar para o horário de dormir, para não ter que me preocupar com colchão, com berço portátil... Coloco na cama ao meu lado e pronto, ela dorme numa boa e tranquilamente. De resto é só prestar atenção e ter os cuidados básicos que tudo dará certo.

Sobre passeios, ainda não sei. Não que ela entenderá ou se lembrará, mas pra ela o que importa é estar comigo. Então quero aproveitar e dar uma passeada. Antes do seu nascimento eu ia a São Paulo quase todo final de semana, e agora sinto muita falta. Então quero passear, tirar fotos, mas queria algum lugar que seja adequado levá-la, sem muita muvuca... O Ibirapuera é certo, mas e de resto, o que posso fazer, alguém tem alguma dica?!

Sobre os 03 meses:

• Alice consegue ficar bem mais tempo acordada, chega a ficar cerca de 2 horas acordada. E de bom humor.
• Alice quando está com sono fica esfregando os olhinhos e arrancando os cabelos. É só colocá-la no peito que em questão de segundos dorme.
• Perdeu muito cabelo. Está com falhas enormes. Mas continua cabeludinha.
• Fala, fala, fala. Muito fofoqueira. Se está acordada, está falando. E gritando. É muito simpática, conversa com a televisão (que por sinal ela adora e presta muita atenção), com qualquer pessoa que fale com ela, e com as amigas girafas.
• Agora quando está incomodada com algo já não chora, resmunga. Briga. Se quer mudar de posição, não é mais aquele chorinho incomodado, são gritos, resmungos.
• Continua sem aceitar a chupeta. Mas agora come a mão. Não os dedos. A mão inteirinha mesmo. Não importa se acabou de mamar, se ela está com a boca livre, vai lá e enfia a mão inteira e começa a chupar com força. Depois tira a mão, faz cara de ânsia e volta a colocá-la na boca. Eternamente.
• Continua mamando muito bem. Quase uma bezerrinha. Adora mamar e agora aperta meu peito com as mãozinhas. Aperta, faz carinho. Não sei se ela sabe o que faz, mas é uma delícia.
• Premanecemos na cama compartilhada, e agora ela me empurra. Vai se espreguiçando, se ajeitando e me empurrando. Não quer nem saber se estou confortável ou não.
• No mais, continua uma fofa e já dorme a noite inteira.

Por que a homeopatia?



O que é? A homeopatia é uma das práticas da medicina que cuida do paciente e não da enfermidade. Ela tem a proposta de repensar os conceitos de saúde. A Lei dos Semelhantes, é uma das bases dessa modalidade da medicina. “ Os semelhantes se curam pelos semelhantes”. O que significa que para tratar um indivíduo doente é necessário aplicar um medicamento que apresente  os mesmos sintomas que o paciente apresenta. A partir dessa observação, é proposto um tratamento individualizado, onde os pacientes são avaliados, não só pelas doenças mas também por suas emoções. Por isso, a homeopatia é conhecida como uma medicina feita sob medida. Os medicamentos homeopáticos são derivados de substâncias naturais - vegetais, minerais e animais. A prescrição homeopática depende das particularidades de cada paciente.


Quando pequenas, eu e minha irmã, sempre fomos tratadas com homeopatia e minha mãe garante que os resultados sempre foram ótimos. Apesar disso, conforme fui crescendo, acabei "abandonando" a homeopatia porque tinha a impressão de que não passava de efeitos psicológicos e comecei a me tratar com alopatia, porque antibiótico "é o que realmente funciona".

Só que essa impressão caiu por terra quando, durante a minha gravidez, meu pai foi interado com pneumonia em consequência da bronquite alérgica que meu pai tem. Ele realizou o tratamento convencional, foi bombardeado com antibióticos + corticóides. Ficou bem e, em menos de dois meses depois, foi internado novamente com o mesmo diagnóstico, só que dessa vez o quadro havia se agravado. Minha mãe começou a correr atrás de outras soluções e foi quando se lembrou do nosso antigo homeopata e foi atrás dele. Meu pai começou o tratamento e em dois (D-O-I-S) dias depois estava muito melhor, e desde então não teve mais nenhuma crise e está com a bronquite controlada.

Como isso aconteceu bem na minha cara eu comecei a me preocupar com a forma que encararia os cuidados com a Alice após o nascimento. Com meus primos, presenciei muito pediatra prescrevendo antibiótico por qualquer "coisinha" e quando este não funcionava, a dose era aumentado ou o remédio trocado por outro ainda mais forte. A minha adoração por antibióticos tinha acabado e eu não queria submeter a Alice a todos os efeitos colaterais neste "tipo" de tratamento.

Então durante a gravidez comecei a buscar indicações de pediatras e numa dessas buscas, encontrei a Drª Nomra, uma conceituada pediatra que além de homeopata era vegetariana. Não achei que seria possível encontrar uma pediatra que tivesse as mesmas convicções que eu, mas encontrei. E eu precisava de qualquer forma conhecê-la e descobrir se seria ela a pediatra da minha filha. Não que ser vegetariana fosse essencial, mas é muito mais fácil seguir orientações de alguém que tem as mesmas convicções que você, porque assim eu me sentiria muito mais confiante em cada escolha que fizesse.

Assim que Alice nasceu, marquei uma consulta e de cara me encantei com a pediatra. Confesso que ela não é muito simpática, mas é extremamente atenciosa, cuidadosa, experiente e o melhor: atende nosso plano de saúde. Nossa primeira consulta durou em torno de 1 hora, o que é o máximo em termos de plano de saúde. Fez uma série de perguntas sobre a nossa família, sobre a gravidez, questões pessoais, qualquer coisa que pudesse refletir na Alice.

Depois dos exames de rotina, me explicou como funciona a homeopatia e se mostrou aberta a usar alopatia associada a homeopatia quando necessário. Além disso me passou todos os seus telefones de contato, desde o telefone do consultório como o do seu celular e da sua casa. Achei extremamente importante o fato dela se dispor a passar seus telefones pessoais, coisa rara em termos de médicos de convênio. Pediu que ligasse caso eu tivesse qualquer dúvida e que não me preocupasse se fosse fora de hora. Se mostrou extremamente disposta a realizar seu trabalho. E me ganhou, é claro.

Eu me encontrei com essa pediatra, tanto que quando ela me contou que pensava em sair do convênio devido ao baixo valor pago pelas consultas, entrei em contato com a ouvidoria do plano de saúde e deixei minha reclamação. O plano de saúde entrou em contato comigo e com a Drª Norma e negociou com ela, conseguindo que ela continuasse atendendendo o convênio (ponto para o convênio, Intermédica, que se mostrou interessado na opinião dos seus clientes). Então, aqui Alice é tratada com homeopatia, toma um remédio estrutural, que interfere em sua imunidade e que é adotado de acordo com as características -físicas e psicológicas- e dá suporte às demais substâncias. E eu fico muito mais tranquila tendo uma pediatra que confio - de verdade - ao nosso lado.

A dor de vê-la sentindo dor.




Se eu sou a favor das vacinas? Não. O Estado investe na criação dos medicamentos para curar problemas causados pela falta de alimentação, higiene, rede de esgotos, educação e pela falta de prevenção adequados. Pra mim, é abafar o sintoma sem combater as causas. Alice é tratada com Homeopatia, e sua pediatra também não é a favor de todas as vacinas, porém aqui no Brasil é lei, e eu sigo o calendário obrigatório. Só que deixei atrasar (propositalmente) a vacina dos dois meses, então prestes a completar seu 3º mês de vida Alice tomou hoje a vacina do 2º mês.

Mas não é sobre ser a favor ou não que eu vim falar hoje. Alice está tendo algumas reações à vacina e só agora eu percebi que eu não estou – e nunca vou estar – preparada para vê-la sentir dor. Dei os remédios orientados pela Homeopata antes da vacinação achando que ela dificilmente apresentaria qualquer sintoma, mas me enganei e não está sendo bem assim.

Quando tomou a Sabin e a Rotavírus que são orais, ela simplesmente vomitou TUDO. Tendo assim que tomar novamente. Depois foi a vez da Tetra e da Hepatite. Alice chorou, chorou sentida, mas por pouquíssimo tempo. Coloquei ela no peito e o choro passou rapidamente, inclusive ficou brincando e dando risada pra mim e para a enfermeira. Tomou todas as vacinas no Posto e fomos muito bem tratadas, inclusive a enfermeira que aplicou a vacina ficou aguardando um pouco para ver qualquer possível reação e nos explicou o que era normal e o que não era. Passou o telefone e pediu que eu ligasse caso tivesse qualquer dúvida ou notasse qualquer diferença preocupante.

Chegamos em casa e eu já percebi o quanto ela tinha mudado. Estava bem quietinha, cara de dor e só queria saber de colo. Porém mamou e logo dormiu e dormiu bastante, durante umas 2:30 h. Mas quando acordou, acordou gritando, berrando, vomitou um monte e cada vez que eu colocava ela na cama ela chorava mais e mais, visivelmente com dor e incômodo. Fiquei desesperada, nunca tinha visto Alice chorar tanto. Alice é bem calma e vê-la assim foi desesperador. Fico sozinha com ela e comecei a chorar junto com ela.

Depois de respirar fundo percebi que alguém aqui precisava ficar calma e transmitir essa calma para ela. Então lavei o rosto, respirei fundo mais uma vez e comecei a raciocinar, ficar calma e assim acalmá-la também. Mas é horrível vê-la assim e não poder fazer absolutamente nada a não ser esperar. É um sentimento horrível, de impotência. Ver sua filha incomodada, com dor e não poder fazer mais nada. E aí eu percebi o quanto as coisas não são sempre como nós gostaríamos, o quanto não adianta planejar tudo, algumas coisas simplesmente não estão ao nosso alcance e não temos o poder de controlar tudo o quanto gostaríamos. O que dói nela, dói muito mais em mim. Só não imaginava que seria tanto assim. Ser mãe é realmente ter o coração fora do peito.

Agora Alice está mais calma. Estou aqui, ao lado dela, observando qualquer movimento. Tenho a sensação de que ela está mais calma, está com uma carinha um pouco melhor, está gemendo bem menos, parou de chorar, está menos assustada. Daqui um ou dois dias ela, provavelmente, nem lembrará do ocorrido, mas eu vou. Vai ficar marcado cada detalhe, cada angústia, cada medo que senti ao vê-la assim. É difícil demais vê-la assim e não poder fazer nada a não ser dar muito amor, muito carinho, muito beijo, muito cuidado e ter muita paciência... Deveria ser proibido à uma mãe ver a filha desse jeito. Mas ninguém disse que seria fácil, né?

* Imagem retirada daqui.

Cuidar do que é meu


Descobri minha gravidez assim, no susto. Não foi uma gravidez planejada, então desde o começo eu sabia que nem todas as coisas seriam exatamente da forma como planejei e uma delas foi continuar morando com meus pais. Quando descobrimos a gravidez o pai da Alice sugeriu que morássemos juntos, mas não era a hora, nós dois sabíamos disso; estaríamos dando mais esse passo sem planejamento, apenas por causa dela, então preferi continuar na minha casa (e não, não me arrependo nem um minuto dessa decisão).

O único porém é que eu sempre fui uma pessoa totalmente individualista, e depois do nascimento da Alice, isso não mudou. Sempre fui metida a independente, então ter filhos e continuar dentro da casa dos meus pais estava me deixando muito chateada, porque se é complicado demais entrar em acordo com o pai da criança quanto a forma de educar, a forma de cuidar, imagine com os avós dando pitacos, se intrometendo?

Porém como continuar morando dentro da casa dos meus pais era a única solução, eu precisei assumir uma postura mais individualista ainda: quem cuida da minha filha sou eu! Desde o início, deixei bem claro que todas as responsabilidades da Alice seriam minhas e que eu não queria ninguém para me ajudar com os cuidados dela, a não ser o pai dela. Então banho, troca de fraldas, fazer dormir, sempre foram tarefas MINHAS, desde o primeiro dia.

Claro que gosto de contar com o carinho da família toda - tanto minha quanto do pai dela - mas gosto de deixar bem claro e bem definido que mãe é mãe, pai é pai e avós são avós. Cada um tem sua função. A minha, juntamente com o pai dela, vai desde a troca de fraldas, alimentação até ensinar e transmitir valores.

Meu pai mora em outra cidade durante a semana e minha mãe só chega em casa a noite, portanto fico sozinha com ela o dia todo, e isso ajuda a evitar que passem dos limites nos cuidados com ela. Além disso não deixo Alice sozinha, por mais de uma hora, com ninguém. E acho que isso foi a melhor coisa que fiz.

Claro que no começo eu sentia medo, tinha algumas dúvidas, mas meti a cara e fiz sozinha. Se não fizesse, ia aprender como? Eu tinha vontade sim de perguntar a alguém com mais experiência, pedir uma ajudinha, mas me controlava e agia do meu jeito, de acordo com os meus insitintos maternos - e a nossa natureza é mesmo muito sábia, não é mesmo?

Nos primeiros dias era mais complicado, confesso. Mas esse intensivão, me fez pegar a manha da maternidade, fez com que eu conhecesse realmente a minha filha. Então hoje eu sei quando o choro irritado é sono, sei que quando ela resmunga depois de mamar é porque vai voltar leite, sei quando ela quer colo... E agradeço por isso, por estar conseguindo ter essa independência ao cuidar da minha filha, mesmo morando com meus pais.

Alice é muito boazinha (o que, acredito, facilitou muito para que eu desse conta sem grandes ajudas), nunca teve cólica, brinca sozinha por bastante tempo, mama muito bem, tem um padrão de sono regular durante o dia e dorme a noite toda desde que completou 2 meses. Mas mesmo assim ainda acho que não é o momento de deixá-la com alguém para retomar parte da minha vida de antes.

Em janeiro, retomo a faculdade. Preferi o período da manhã ao da noite, para evitar que ela ficasse com a minha mãe. Porém mesmo tomada essa decisão minha sogra se dispôs a ficar com ela, mas já agradeci e recusei. Alice vai para a creche meio período, assim evito qualquer intromissão, qualquer postura que seja diferente da minha como mãe e não delego funções MINHAS para outras pessoas.

Acho importantíssimo essa minha dedicação a maternidade. Acho que cresci muito me dedicando integralmente a cuidar dela, acho que precisava passar por isso, mesmo porque não troco cuidar dela por nada, eu realmente gosto da maternidade e de todo pacote que veio junto com ela, de toda essa responsabilidade.

Não estou criticando e nem querendo ensinar ninguém o jeito de cuidar e criar seus filhos. Cada um sabe a necessidade de se trabalhar fora, de ter uma ajuda aqui, outra ali. O texto é simplesmente baseado no que eu vivo, no meu modo de cuidar da minha filha.

A pressão pela perfeição

Li em algum lugar que, de acordo com um estudo britânico, mães tendem a omitir fatos sobre a forma de criar seus filhos. O motivo seria a pressão sofrida na busca pela perfeição, o medo de ter seu desempenho como mãe julgado. Elas não se sentiam a vontade para revelar a quantidade de horas que os filhos passavam na frente da TV, as dificuldades em educá-los, o que eles realmente comiam.

É complicado, eu sei. Toda mãe se sente forçada a estar dentro do padrão idealizado de maternidade. Que hoje é a mãe natureba. É ter o filho de parto humanizado, é ter que amamentar exclusivamente e em livre demanda durante 06 meses, é abominar a idéia de "terceirizar" a educação, é só usar fraldas de pano, é selecionar músicas e desenhos que nossos filhos podem assistir. 

Claro que todo mundo quer e busca o melhor para nossos filhos. Isso é indiscutível. Mas essa pressão velada de algumas mães acaba fazendo com que a gente tente cada dia mais se adequar a esse mito da perfeição, a se comparar e buscar estar dentro das regras e padrões de comportamento para ser mãe.

A maternidade é real. E ela tem que ser possível. Ser mãe é sempre estar em busca do melhor, é aprender, é perguntar, é questionar, seja o obstetra, seja o pediatra, é se adaptar, é se dedicar. Mas é aquele papo, de que cada um sabe onde seu calo aperta, é possível condenar uma mãe por não agir de acordo com o esperado? Mesmo porque as famílias não são iguais, as criações não são as mesmas, porque a necessidade de um bebê seriam as mesmas que a de outro bebê, com realidades opostas? 

Acho que cada mãe tem que ter sim seu direito de escolha preservado, respeitado. Mesmo porque algumas situações não medem e nem dizem respeito ao amor sentido pelo filho. Então entre erros e acertos, cada mãe faz o melhor que pode. Eu faço o melhor que posso. 

A gente tem que parar de se cobrar tanto, de se julgar tanto. A gente não está competindo com ninguém, além de nós mesmas. Por isso hoje eu busco o melhor para a Alice dentro da minha realidade, dentro das minhas possibilidades. Deixei pra lá essa busca louca e desenfreada pela perfeição, mesmo porque o conceito de perfeição é discutível, o referencial muda, o que é perfeito pra você pode não ser perfeito pra mim, então aqui estou:A sendo a melhor mãe que eu posso ser.

O (re)começo.


– Pode dizer-me que caminho devo tomar?
– Isto depende do lugar para onde você quer ir.
(respondeu com muito propósito o gato)
– Não tenho destino certo.
– Neste caso qualquer caminho serve.
(“Alice no País das Maravilhas” – Lewis Carrol)


E como surgiu a ideia de fazer um blog? Quando me descobri grávida ainda não conhecia o enorme universo materno que existe aqui na internet, criei o Cores da Mamãe apenas como forma de desabafar e deixar registrado as sensações e emoções de cada descoberta e novidade da gravidez para que lá na frente eu possa ler e relembrar cada detalhe e quem sabe um dia mostrar para Alice. Durante todo esse tempo eu consegui através do Cores da Mamãe compartilhar com algumas pessoas um pouco de tudo que passei, da minha vivência, da minha experiência como mãe, da minha realidade... Porém com o enorme número de pessoas má intencionadas na internet acabei me sentindo vulnerável demais, o que fez com que eu avaliasse cada post meu, cada foto e comecei a ver o quão exposta eu e a Alice estávamos. A princípio tinha pensado em apagar algumas coisas, mas acabaria perdendo dados, informações, registros importantes, então achei melhor fechar o antigo blog e imprimir todos os posts em forma de livro e deixar guardado aqui em casa, apenas para nós. Porém essa blogosfera materna é muito bacana, é aqui que a gente consegue compartilhar, trocar experiências, participar, ajudar, aconselhar, conviver com pessoas e culturas diferentes. Essa troca é muito positiva e eu não poderia deixar de estar presente e aprender - e quem sabe ensinar - um pouquinho mais a cada dia, então assim surgiu o Mamãe no País das Maravilhas.

E por que desse nome? Como não poderia ser mais óbvio, minha filha se chama Alice. Justamente pelo desenho do Lewis Carrol, bem antes do filme do Tim Burton. Sempre fui uma grande fã da temática confusa repleta de alusões satíricas. Além é claro das suas cores vibrantes e personagens emblemáticos. Quando criança me acabava ao assistir o desenho ou ler o livro e tinha uma visão totalmente diferente da que tenho hoje, e isso fez com que eu me apaixonasse ainda mais pela história, afinal é maravilhoso poder ler em diferentes fases da vida, sobre diferentes perspectivas e ambas te proporcionarem uma grande aventura. Depois de adulta, vejo que Alice imprime a nossa vida de forma abstrata, com angústias, mudanças, fazendo com que a gente se identifique com capítulos, personagens... Então quando descobri que seria mãe de menina, não poderia sequer cogitar outro nome para minha filha a não ser Alice. Então ao criar esse novo blog, convido vocês a entrarem e conhecerem o nosso País das Maravilhas. Sejam bem vindas!

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